sexta-feira, 6 de novembro de 2015

A temida.



Eu-lírico: Masculino.

Ela desenhou uma linha no chão separando-nos, tudo bem que a linha era tudo coisa da minha cabeça, mas, era assim que eu me sentia. Estávamos juntos, porém, uma linha tênue nos separava. Não sei explicar o bem que ela me faz,não teve data marcada, não teve hora, sabe aquilo que todos chamam de "destino" ? Aquela coisa clichê bem filme sessão da tarde. Só que não nos esbarramos numa livraria, ela não me encontrou pra fazer uma pesquisa sobre "como se conquistar um homem", não foi em um grupo de apoio, muito menos em um campo de batalha onde eu teria que mata-la pra sobreviver.

Aconteceu. Quando eu me dei conta, já via o sorriso dela estampado em todas as revistas, experimentava coisas novas e só pensava no quanto queria dividi-las com ela, passava a noite vendo filmes de terror, por mais que eu não gostasse tanto(sou fã mesmo de comédia), por que eu amo o jeito que você cruza as mãos e fecha os olhos pedindo pra protagonista não ir por aquele caminho. E o melhor de tudo? É que era simples. Era eu e você.

Eu não precisava me sacrificar pelo seu amor, não precisava morrer de ciúmes, não precisava te proibir de nada, continuava com o meu futebol de sexta e você saía com as suas amigas pra jantar. Sem regras, simplesmente amor.

E agora vocês me perguntam: cadê essa tal linha que eu não vejo? Eis aqui, foi então que a mulher que eu amo começou a me contar coisas que eu não queria saber, os caras que você queria ficar, começou a trocar os nossos filmes de terror por um "vou jantar com o fulano hoje, quem sabe rola, né?"

Todos ao meu redor viam o quanto eu sofria com isso tudo e me incentivavam a sair disso, mas, eu me perguntava "se todos conseguem ver o quanto eu te amo, por que você não percebe isso?!"

O que era antes tratado como um "sim" se tornou num eterno "talvez" . E o que mais me doía era a maneira como tudo se transformou, num piscar de olhos, me vi ali, na zona mais temida por todo e qualquer homem: A Friendzone.

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