domingo, 28 de fevereiro de 2016

Eu gravei um CD.



Vestido dois dedos acima do joelhos, batom vermelho, o cabelo preso num rabo de cavalo com dois fios soltos sob a minha testa, o jeito que você gostava, que amava e me mimava. Hoje não era uma segunda qualquer, não era aquele tipo de segunda que as pessoas odeiam, a segunda da ressaca, era uma segunda calma, preguiçosa.. era a nossa segunda.

Tinha passado a maior parte da noite separando as minhas músicas preferidas e as nossas músicas acabou que eu gravei tudo num CD, eu sei o quanto soa brega, mas, quem disse que o amor não é brega?! Amor é correr pelo parque sem medo do que as pessoas vão pensar, é pedir mc lanche feliz só por causa do brinde, é tocar três vezes a campainha da sua casa por que é o nosso “bat-sinal”, é sentar na beira da cama do seu quarto só pra sentir o seu cheiro.

Cada um tem a sua definição, vale lembrar. Mas, é um sentimento universal. Lembro dos detalhes: Nesse dia, você estava com a sua camisa preferida do batman, você tinha tentado cortar o seu cabelo sozinho e tinha dado tudo errado, além de estar com os seus óculos cheios de água, pois, estava caindo uma chuva torrencial. Tudo normal.

Foi então que você não sorriu mais, não me abraçou mais, não era mais o mesmo. A aparência era a igual, mas, o interior, tudo tinha mudado. Me perguntava como isso tudo tinha acontecido tão rápido. Eu tenho apenas lapsos daquele dia “Precisamos conversar” “Não tá dando certo”.

Aquelas frases clichês que a gente sempre fala mas, nunca quer escutar.

E o CD 
ficou
cheio
de
poeira.
 

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